terça-feira, 16 de novembro de 2010



Ilustrando o amor ao T(h)eatro




                      Quem passa pelo  Theatro Treze de Maio, que fica em Santa Maria, na conhecida Praça Saldanho Marinho, muitas vezes não se dá por conta da grande história que há por trás de sua bela fachada, bem além das cortinas e do palco já ocupado por grandes atores e músicos e onde artistas internacionais e locais tem a possibilidade de se expressar. Mas não pense que o Theatro funcionou apenas para o mundo da arte, não mesmo. Já foi redação de jornal, partes administrativas, sede da biblioteca... de 1919 até 1993, o Theatro de Santa Maria foi tudo, menos um teatro.

                     O Theatro Treze de Maio começou a ser teatro mesmo em 1992, com a iniciativa da Prefeitura Municipal de Santa Maria a favor de um projeto de restauração e ampliação daquele. O foco principal era adotar recursos para a possibilidade de retornar à cidade recursos culturais, circuitos nacionais e internacionais de espetáculos. Em 1993,  a comunidade se mobiliza com a Associação dos Amigos do Theatro Treze de Maio e em 1995 houve uma eleição com o surgimento de uma nova diretoria. A reabertura do teatro aconteceu com a peça "Cenas de um Casamento", com grandes figuras, como Tony Ramos e Regina Braga.

                  Um dos projetos desenvolvidos pelo Theatro Treze de Maio é o "Palco da Cultura", visando o incentivo da cultura de Santa Maria, induzindo a comunidade a consumir os produtos locais e artísticos.  Primeiramente um edital é aberto, as pessoas interessadas se inscrevem e mandam seus projetos, uma comissão de fora avalia estes e os melhores são chamados. O lucro ganho na bilheteria por espetáculo é totalmente direcionado para os grupos que são selecionados pelo "Palco da Cultura". A administração do Theatro é responsável pelo release, o palco, a estrutura, porém a divulgação fica a cargo dos projetos ganhadores.

                 Outro projeto desenvolvido no teatro é o chamado "Melhorias da infra-estrutura do Theatro Treze de Maio", focando na melhoria de recursos técnicos e serviços oferecidos. Porém, não consegue-se obter os recursos financeiros para melhora da infra-estrutura apenas com o número de sócios, mas sim como apoio de pessoas físicas e jurídicas. "O Theatro é da prefeitura, mas eles não colocam um centavo aqui dentro. A prefeitura renuncia uma verba em prol da cultura. O que eles nos permitem é através da Lei de Incentivo à Cultura (Lic) fazer projetos, repassados para uma comissão envolvendo a Prefeitura Municipal, a Secretaria de Cultura. Depois, precisamos captar o dinheiro" explica a diretora administrativa do Theatro Treze de Maio, Ruth Pèreyron.

                     Para se associar no Theatro, é simples: 20 reais por mês e boa vontade. Os sócios recebem a programação completa de espetáculos mensalmente, tem descontos, podem ligar para o local fazendo suas reservas, as vantagens são grandes. Atualmente, a nova campanha que está percorrendo pela mídia chama-se "Eu amo o teatro", o "amo" sendo um símbolo em forma de coração, e, ao se associar, a pessoa adquire uma camiseta com este slogan. A camiseta  que estará ilustrando a todos, o seu amor ao T(h)eatro.    

                                                                                                           Gabriela Cleveston Gelain

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